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Cota para importados pode mudar

O governo pode anunciar em breve um decreto para redistribuição de cotas para carros importados. A medida deve favorecer montadoras que vendem acima do limite de 4.800 unidades sem majoração do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

"Esperamos que isso ocorra ainda nos próximos dias", disse nesta terça-feira (08) o presidente da Kia Motors, Luiz Gandini, em apresentação à imprensa no Salão do Automóvel de São Paulo.

Com o Inovar-Auto, lançado em meados de 2012, as montadoras passaram a ter um limite de importação anual de veículos sem aumento do IPI. Mas, segundo Gandini, no ano passado diversas empresas do setor não usaram essa cota, devido à queda do mercado e ao aumento do dólar.

O executivo, que também é presidente da associação que representa os importadores (Abeifa), destacou que a possível decisão do governo federal é resultado de uma audiência pública. As cotas que "sobraram" em 2015 seriam redistribuídas neste ano e a mesma lógica seria usada para as sobras de 2016.

Gandini conta que sugeriu ao governo redistribuir o excesso de cotas de acordo com o tamanho da rede de concessionárias e da frota circulante de cada marca.

"Os importadores precisam manter sua estrutura viva", disse o executivo, ressaltando ainda que essa fórmula também não está decidida.

Neste ano, a Kia deve vender 10 mil veículos, queda próxima a 30% ante 2015. "Mas se houver essa redistribuição das cotas, podemos vender até 1.800 carros a mais", pontua Gandini. Ele informa que esse é o número de veículos que estão em vias de aportar no País.

Para o ano que vem, o executivo não projeta um mercado para a Kia acima de 4.800 unidades, caso o governo federal resolva desistir da redistribuição de cotas ociosas. "Com o dólar no patamar atual, importar com aumento de 30 pontos percentuais do IPI é inviável", acrescenta ele.

Gandini espera que o decreto saia ainda durante o Salão do Automóvel, que começa amanhã, em São Paulo, e vai até o próximo dia 20.

Futuro do Inovar-Auto

O regime automotivo previsto acaba no final de 2017, mas a cadeia automotiva ainda não consegue estimar quais serão as novas regras.

"O governo já sinalizou que não deve manter a majoração do IPI para importados", pontua Gandini.

Atualmente, as importadoras pagam 35% de imposto de importação e, se excederem a cota do Inovar-Auto, ainda pagam 30 pontos percentuais extras de IPI. "Essa regra aniquila a importação de veículos e isso está bem claro na cabeça do presidente Michel Temer, que tem se mostrado muito sensível às questões do setor", complementa o executivo.

Gandini afirma que, apesar da resistência de alguns fabricantes locais, que alegam uma competição injusta, ele acredita que o imposto de importação já será suficiente para diferenciar importados de nacionais. "Se o governo retirar somente o aumento do IPI para as importadoras, será uma medida muito justa."

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